Por currículo, podemos
interpretá-lo como eixo norteador de todo o desdobramento dos conhecimentos
escolares posteriores. O currículo escolar pressupõe tudo o que é possível
ensinar, também serve como indicador do caminho a ser seguido a respeito das
avaliações, métodos, ordem cronológica do que será ensinado, etc.. De forma
geral, o currículo é adaptável às mais diversas estruturas escolares, mas em
seu cerne prevalece a estrutura proposta pelo governo.
As teorias curriculares
se diferenciam em alguns aspectos e importâncias que atribuem a determinados
conceitos, alguns desses conceitos são cultura, sociedade, conhecimento,
aprendizagem, etc..
Tomamos primeiramente
como exemplo, pensa-se as teorias curriculares não críticas. Tais teorias
possuem uma visão tradicionalista e técnica do currículo; são currículos
neutros que pensam na escola como uma fábrica. Essa teoria segue o exemplo
Taylorista, onde a escola funciona como uma empresa. Essa linha de pensamento, Taylorismo,
possui a padronizção do ensino e das práticas pedagógicas em que os alunos são
preparados exclusivamente para atuarem no mercado de trabalho. O professor é
tratado como autoridade, enquanto o aluno se encaixa como indivíduo submisso ao
processo de escolarização.
Na década de 60, surgem
as primeiras teorias criticas à pedagogia tradicional, as críticas são
embasadas sobre o questionamento sobre a desigualdade no ensino, pois a pedagogia
tradicional encontrava-se fechada a apenas um modelo estruturado de ensino. É Indispensável
a compreensão desta teoria, pois ela atua como ligação entre o corpo docente e o
corpo discente, teoricamente é através de fatores culturais que se torna
possível adequar as aulas para as mais diversas camadas sociais. O professor
deixa de atuar como plena autoridade, enquanto os alunos deixam de ser apenas
submissos às ordens do professor. Assim, o professor torna-se mediador de
conhecimentos. Paulo Freire, por exemplo, foi um dos idealizadores desta ideia.
As teorias curriculares
pós críticas vão mais longe, pois além de pensar no professor como mediador dos
saberes, os ideais curriculares também são mais abrangentes, discussões como
raças, gêneros, etnias, cultura, sexualidade. Nesse caso, o currículo proporciona
maior flexibilidade e facilidade para o trabalho do professor dentro de sala de
aula, pois permite que os mais diversos assuntos sejam abordados e diferentes
linguagens são passíveis de utilização.
É importante ressaltar
o fato de que todo o currículo possui seu “currículo oculto”, basicamente,
todas as ideias escolares, ideologias, entre outros aspectos, são componentes
integradores do “currículo oculto”, carrega esse nome, pois muitas dessas
ideologias não estão formalmente colocadas no papel, nem são abertamente
citadas, porém são, também, componentes do currículo geral.
REFERÊNCIAS
CANDAU,
V. M. e MOREIRA, A. F. B. Currículo, conhecimento e cultura. In: BRASIL.
Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Indagações sobre
currículo: currículo, conhecimento e cultura. Brasília, 2007.
SACRISTÁN,
J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Porto Alegre: ARTMED, 2000.
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