domingo, 13 de maio de 2012

Acerca Das Teorias Curriculares....


Por currículo, podemos interpretá-lo como eixo norteador de todo o desdobramento dos conhecimentos escolares posteriores. O currículo escolar pressupõe tudo o que é possível ensinar, também serve como indicador do caminho a ser seguido a respeito das avaliações, métodos, ordem cronológica do que será ensinado, etc.. De forma geral, o currículo é adaptável às mais diversas estruturas escolares, mas em seu cerne prevalece a estrutura proposta pelo governo.
As teorias curriculares se diferenciam em alguns aspectos e importâncias que atribuem a determinados conceitos, alguns desses conceitos são cultura, sociedade, conhecimento, aprendizagem, etc..
Tomamos primeiramente como exemplo, pensa-se as teorias curriculares não críticas. Tais teorias possuem uma visão tradicionalista e técnica do currículo; são currículos neutros que pensam na escola como uma fábrica. Essa teoria segue o exemplo Taylorista, onde a escola funciona como uma empresa. Essa linha de pensamento, Taylorismo, possui a padronizção do ensino e das práticas pedagógicas em que os alunos são preparados exclusivamente para atuarem no mercado de trabalho. O professor é tratado como autoridade, enquanto o aluno se encaixa como indivíduo submisso ao processo de escolarização.
Na década de 60, surgem as primeiras teorias criticas à pedagogia tradicional, as críticas são embasadas sobre o questionamento sobre a desigualdade no ensino, pois a pedagogia tradicional encontrava-se fechada a apenas um modelo estruturado de ensino. É Indispensável a compreensão desta teoria, pois ela atua como ligação entre o corpo docente e o corpo discente, teoricamente é através de fatores culturais que se torna possível adequar as aulas para as mais diversas camadas sociais. O professor deixa de atuar como plena autoridade, enquanto os alunos deixam de ser apenas submissos às ordens do professor. Assim, o professor torna-se mediador de conhecimentos. Paulo Freire, por exemplo, foi um dos idealizadores desta ideia.
As teorias curriculares pós críticas vão mais longe, pois além de pensar no professor como mediador dos saberes, os ideais curriculares também são mais abrangentes, discussões como raças, gêneros, etnias, cultura, sexualidade. Nesse caso, o currículo proporciona maior flexibilidade e facilidade para o trabalho do professor dentro de sala de aula, pois permite que os mais diversos assuntos sejam abordados e diferentes linguagens são passíveis de utilização.
É importante ressaltar o fato de que todo o currículo possui seu “currículo oculto”, basicamente, todas as ideias escolares, ideologias, entre outros aspectos, são componentes integradores do “currículo oculto”, carrega esse nome, pois muitas dessas ideologias não estão formalmente colocadas no papel, nem são abertamente citadas, porém são, também, componentes do currículo geral.

REFERÊNCIAS

CANDAU, V. M. e MOREIRA, A. F. B. Currículo, conhecimento e cultura. In: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Indagações sobre currículo: currículo, conhecimento e cultura. Brasília, 2007.
SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Porto Alegre: ARTMED, 2000.

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